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Tese

O desenvolvimento e a expansão recente da produção agropecuária no centro-oeste

Este estudo teve como principal objetivo analisar a evolução da agropecuária na região Centro-Oeste do país e o seu avanço na ocupação de novas áreas, no período recente com foco nas produções de soja, cana-de-açúcar e pecuária bovina. A pesquisa analisa as políticas de Zoneamento Econômico Ecológico nos Estados da região e as atividades dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente. Comprovou-se que a hipótese de que o crescimento da agropecuária no Centro-Oeste ainda ocorre pela forma extensiva de produção e de ocupação de novas áreas. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica sobre a expansão da agropecuária no Centro-Oeste; apresentação da evolução da área plantada das principais culturas, pela qual se observou o crescimento das culturas de soja, milho e cana-de-açúcar e uma redução da área plantada com as culturas tradicionais como arroz e feijão, como também apontados pelas análises sobre o Efeito Escala e o Efeitos Substituição. As análises do modelo de Contribuição de Área e Contribuição do Rendimento permitiram concluir que o crescimento das culturas de soja e cana-de-açúcar se deve muito mais à ampliação da área de cultivo do que o incremento do rendimento. A evolução dos indicadores da pecuária mostrou um deslocamento do rebanho bovino para áreas mais ao norte do país.O trabalho de campo nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás visou analisar as tendências e limites de um novo padrão de produção com vistas à redução da ocupação de novas áreas em um contexto de produção sustentável e de preservação do meio ambiente florestal. Os resultados mostraram que a abundância de áreas para pasto e para lavoura parece criar um consenso sobre o qual os recursos naturais são infinitos e que a preservação é uma preocupação para as gerações futuras. Observou-se que a degradação ambiental e o desmatamento nos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia, quando associados ao modelo expansivo da agropecuária foram minimizados diante o expressivo crescimento econômico gerado aos municípios e Estados produtores. Esse modelo se caracteriza pela substituição de produções com degradação dos solos e desflorestamento em alguma direção, seja pela  característica intrínseca e histórica do modelo de ocupação dos cerrados, seja pela racionalidade econômica dos agentes, ou pela ausência ou inoperância de programas e políticas públicas que possam incentivar a mudança do modelo produtivo da região.  

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