A controvérsia sobre a ameaça do etanol à segurança alimentar repousa na ausência de clareza sobre se o aumento na produção de cana-de-açúcar para produção de etanol nos próximos anos irá competir com a produção de alimentos e se haverá deslocamento da criação de gado para áreas de florestas, como a Amazônia
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Nos últimos cinco anos, o sistema produtivo da cana-de-açúcar sofreu mudanças como o aumento da colheita mecanizada da cana crua, acompanhado de maior volume de impurezas vegetais na matéria-prima, maior desgaste dos equipamentos e redução significativa do teor de sacarose da cana colhida.
Produtores de cana deverão eliminar a adoção de queimadas na colheita, conforme determina Protocolo Agroambiental.
Cientistas ligados ao Projeto AlcScens alertam que, a despeito das vantagens econômicas imediatas, a expansão da cana-de-açúcar para o Centro-Oeste do país gera problemas sociais e ambientais que devem se agravar em razão das mudanças climáticas. A disputa por recursos hídricos, o impacto na segurança alimentar, a desvalorização da terra, o advento de novas formas de subemprego e o desmatamento da Amazônia, já que a produção de gado está migrando para o Norte, são alguns dos problemas apontados em cenário projetado pelos pesquisadores. O AlcScens, que é coordenado por Jurandir Zullo Jr., e envolve 26 pesquisadores.
Tese de doutorado do Instituto de Economia aponta que produtividade das atividades cresceu na região por causa da ocupação de novas áreas
Desenvolvimento científico e tecnológico, inovação e conhecimento humano, de acordo com Marcos Casagrande, engenheiro do Centro de Tecnologia Canavieira.