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05/06/2012

Dia do Meio Ambiente é celebrado na Unicamp

Magdaelei Costa Amorim

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O Dia do Meio Ambiente é comemorado em todo o mundo nesta terça-feira, 5 de junho. A data foi instituída há 40 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de marcar um dia de reflexão da sociedade em torno de tema tão complexo, que envolve desde ecossistema, vínculos de sobrevivência das gerações futuras, desenvolvimento sustentável, qualidade de vida, economia verde, entre outros. Nunca o meio ambiente foi tão destacado como nestes dias que antecedem o Rio + 20, evento mundial que acontece de 13 a 20 deste mês, no Rio de Janeiro. A realização da Rio 92 tornou-se um referencial da agenda ambiental, norteando diversas ações que envolvem as questões socioambientais. No entanto, o assunto nunca foi unanimidade na sociedade, dado os interesses políticos e ambientais dos atores envolvidos, mas a opinião geral é a de que as políticas públicas e a conscientização avançam sempre que acontecem eventos deste porte.

Pesquisas de ponta na Unicamp

Na Unicamp, diversas atividades e discussões sobre o tema se estendem durante a semana, com discussões em fóruns, eventos artístico-culturais e trabalho cotidiano dos pesquisadores nos laboratórios, com as pesquisas de ponta que fazem da Unicamp uma das melhores universidades do mundo. Algumas dessas produções científicas são históricas, como o desenvolvimento da primeira fibra ótica nacional (1979), descoberta que serviu de apoio para a economia de energia. Outras produções científicas importantes foram: o Programa Biota-Fapesp, que mapeou e identificou a flora e a fauna do Estado de São Paulo (1999); o Projeto Genoma, financiado pela FAPESP, que decifrou a genética sequencial da bactéria Xyllela fastidiosa, causadora da praga do amarelinho, doença que afeta os laranjais paulistas (2009); um modelo de embalagem pet para cerveja, menos poluente, desenvolvido pelo professor Carlos Alberto Rodrigues Anjos, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) (2010), e que pode ser utilizado em estádios de futebol.


Universitários participam de Núcleo de Apoio à População Ribeirinha


Alunos de diversas universidades da região (Unicamp, USP, Ufscar, Unesp, Puc, Unip e Faculdade de Medicina de Catanduva) integram uma organização que auxilia os ribeirinhos do Estado de Rondônia, no entorno do Rio Madeira.

Nove alunos de diversos cursos da Unicamp fazem parte do Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (NAPRA), ONG criada há 17 anos, que tem como objetivo principal auxiliar os ribeirinhos da região da cidade de Porto Velho na inserção de políticas públicas, atuando principalmente em 4 comunidades: São Carlos, Cuniã, Nazaré e Calama. Essa última comunidade fica a 12 horas, indo de barco, de Porto Velho. A carência socioeconômica da região sensibiliza os jovens envolvidos no projeto.

Ao todo, cerca de 120 universitários atuam voluntariamente nesse projeto, que conta com a colaboração de alguns docentes, entre eles, o professor Sandro Tonso, da Faculdade de Tecnologia de Limeira, que ministra uma disciplina de educação ambiental. O planejamento da equipe é contínuo e as ações são integradas com líderes da comunidade local, sempre com o intuito de contribuir com as políticas públicas, orientações, oficinas, entre outras ações afirmativas.

Viagens e convivência

As viagens do grupo são realizadas em três períodos: abril, quando ficam 15 dias para levantamento das demandas; em julho, quando cerca de 60 alunos ficam nas comunidades por um mês, a fim de desenvolver os projetos em estreita convivência com a comunidade, e, em outubro, quando um pequeno grupo retorna à comunidade para verificar o andamento dos projetos. Durante todo o ano, entram em contato com os líderes dos ribeirinhos, no que chamam de gestão integrada.

Busca de apoio institucional

Andrew Johnson Pereira de Oliveira, aluno do 3º ano do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, é um dos coordenadores da Entidade e diz que os focos de atuação dos universitários refletem as ações da organização comunitária em torno de geração de renda e emprego de maneira sustentável, atenção à saúde e a mobilização da comunidade para a resolução de desafios. “O mais importante é fortalecer esta experiência entre comunidade e universitários, porque facilitamos o diálogo entre os moradores das comunidades e o poder público, fazemos pesquisas e os ajudamos a entender os editais de forma que possam se inscrever em programas sociais” explica.

A colega, Marta Akico Sato, aluna do último ano da Faculdade de Educação Física da Unicamp (FEF), está feliz com a possibilidade de viajar nas férias de julho para ficar 30 dias nas comunidades ribeirinhas. “Estou planejando a viagem para julho, porque estou bastante envolvida com o projeto, inclusive estamos buscando o apoio institucional. Mesmo longe da comunidade, acompanhamos o desenvolvimento dos projetos e é muito interessante ajudar os povos ribeirinhos na autonomia. O mais difícil são as despesas das viagens, que ficam por conta dos próprios alunos”, afirma. Marta explica ainda: “Os laços de amizade com os ribeirinhos são tão fortes, que quatro colegas nossos mudaram-se para a região para continuar os projetos, agora como moradores”. Diz com carinho, mostrando as fotos dos povos.

Redes sociais e projetos

As atividades do Núcleo estão nas redes sociais e os álbuns de fotografias são uma constante entre os amigos. O “seu” Pedrinho aparece ao lado de uma castanheira gigante, as crianças aparecem numa horta comunitária, as bio-jóias desenvolvidas pelos castanheiros aparecem numa cesta de vime. Um projeto interessante é um filtro comunitário, pois a água é barrenta e as cidades tem um sério problema de saneamento básico. A expectativa agora é a viagem de julho e o planejamento da I Semana do NAPRA em Campinas, no mês de setembro deste ano, quando pretendem trazer como convidados pelo menos 3 ribeirinhos atendidos na comunidade.

Trote da Cidadania pelo Consumo Consciente


O Trote da Cidadania pelo Consumo Consciente é outra entidade com participação estudantil que atua fortemente nas questões ambientais, principalmente, durante a calourada, na Semana do Calouro, quando chegam cerca de 3 mil novos alunos à Universidade. Na ocasião, além de palestras sobre educação ambiental, com temas que variam de reciclagem a lixo eletrônico, o Trote da Cidadania inclui em sua programação visitas dos calouros às usinas de reciclagem e cooperativas, Centro de Abastecimento de Alimentos (CEASA) e instituições infantis, no entorno de Barão Geraldo. Ao longo do ano, canecas temáticas são distribuídas nos Restaurantes Universitários (Rus) com o objetivo de diminuir o consumo de copinhos plásticos descartáveis.

Como diz Andrew: “Não adianta só ir uma vez, é preciso acompanhar o desenvolvimento dos projetos que nós lançamos”.


Fonte:SAE



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